terça-feira, 16 de junho de 2015

Participação do CEMAEE em Congresso Internacional de Dislexia e no 6º Encontro Multidisciplinar dos Transtornos da Aprendizagem e Transtornos da Atenção

O Centro Escola Municipal de Atendimento Educacional Especializado – CEMAEE foi representado, em dois importantes eventos da área da educação, pela Fga. Marília Piazzi Seno.
O V Congresso Internacional de Dislexia aconteceu nos dias 29 e 30 de maio, no Rio de Janeiro, trazendo importantes pesquisadores como Dr. Hugh Catts (USA), Johannes Ziegler (FRA), Luciana Castrillon (USA), Drª Simone Capellini (BRA) que abordaram assuntos como fluência de leitura e escrita, dislexia, nomeação automatizada, entre outros. A sessão de pôsteres contou com a apresentação do trabalho “A inserção da Fonoaudiologia no contexto educacional” que relatou o percurso da Fonoaudiologia na Secretaria Municipal da Educação de Marília.




Nos dias 11, 12 e 13 de junho aconteceu em Marília, o 6º Encontro Multidisciplinar dos Transtornos da Aprendizagem e Transtornos da Atenção, promovido pelo Laboratório de Investigação dos Desvios da Aprendizagem – LIDA, da UNESP. Renomados nomes como, Dra. Leonor Scliar Cabral, Dra Maria Inês Abranches, Dra. Simone Capellini, Dr. Vicente Assêncio estiveram presentes. Os participantes vieram de todo país para compartilharem conhecimentos sobre modelos de intervenção nos transtornos de aprendizagem; produção da escrita; modelo de resposta à intervenção; sinais das alterações de aprendizagem e políticas públicas nos transtornos de aprendizagem (palestra na qual foram expostos modelos de ensino da Inglaterra, Estados Unidos, Itália e Hong Kong). Na sessão de pôsteres foram apresentados dados sobre a inclusão dos alunos com síndrome de Down na Rede Municipal de Marília no trabalho intitulado “Síndrome de Down: aspectos da linguagem, do comportamento, da cognição e da aprendizagem”.



Participação do CEMAEE no VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa ISAAC Brasil

O Centro Escola Municipal de Atendimento Educacional Especializado – CEMAEE foi representado pela Pedagoga Rosemeire Fernanda Frazon Modesto e doutorandas Sabrina Alves Dias e Vanessa Peluccio no VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa ISAAC Brasil, que aconteceu nos dias 9 à 12 de Junho na UNICAMP.
A Comunicação Alternativa compreende sistemas e recursos que permitem dar voz a pessoas impedidas de se comunicarem por meio da oralidade ou que apresentem a inteligibilidade da fala significativamente  comprometida, em qualquer época do ciclo de vida. Este trabalho congrega profissionais de diversas áreas, como Saúde, Educação, Arte, Linguagem, Informática e Engenharia.
A Educação Municipal de Marília foi representada por meio do trabalho “Orientações para o uso da comunicação alternativa em sala de aula”.
O referente trabalho teve por objetivos orientar e capacitar uma professora para o uso da comunicação alternativa com seu aluno. Participou desse estudo uma professora de ensino fundamental que tinha em sua sala um aluno com diagnóstico de paralisia cerebral e sem produção de fala.  A pesquisa foi realizada em uma escola municipal de ensino fundamental de Marília. O desenvolvimento do trabalho contou com as seguintes etapas: Reunião com a equipe escolar para levantamento das informações sobre o aluno, com relação a comunicação, interação, aprendizagem, rotina, apoios necessários, grau de independência nas atividades; reunião com a família para levantamento de informações sobre: comunicação, rotina familiar, atendimentos na área da saúde, lazer, apoios necessários; observações em sala de aula priorizando em um primeiro momento, as informações levantadas na reunião com a professora; preenchimento do quadro das ações;  reuniões mensais;   desenvolvimento das ações;   avaliação das ações.
Os materiais utilizados foram: Protocolo para avaliação de habilidades comunicativas em ambiente escolar (DE PAULA, 2007); Protocolo para avaliação das habilidades comunicativas em situação familiar (DELAGRACIA, 2007) e para adaptação de materiais foram utilizados o software Boardmaker (Mayer- Jonhson, 2004), músicas e histórias infantis.
Com a análise dos resultados, pode-se observar que as adaptações buscaram atender as necessidades do aluno para ter acesso ao conteúdo. O levantamento de informações com a professora, família e por meio das observações, possibilitaram a orientação de estratégias, de recursos, dos registros de atividades e adequações de atividades e posterior a um período de um mês será realizada a avaliação e a proposta de novas ações que amplie a comunicação do aluno e a sua participação no ambiente escolar.
Segundo o relato da professora, o aluno apresentou um aumento da participação nas atividades após as orientações e adequações:
“Antes o A. precisava de ajuda o tempo todo, agora ele recebe menos ajuda e tem conseguido desenvolver algumas atividades sozinho após minha instrução individualizada”.
“No começo do ano o aluno não fazia produção de texto, agora consigo fazer modificações para ele participar”.
E sobre a interação com os colegas:
“Procuro colocar os alunos para ajudá-lo, mas às vezes ele não quer, prefere fazer sozinho, com a minha mudança com o A. percebi que os alunos estão procurando estar mais perto dele, principalmente no recreio, pois tiramos a ajuda da auxiliar o tempo todo”.
 Os relatos apontaram um diferencial nas ações da professora com o aluno, buscando planejar atividades adequadas  dentro do currículo previsto para o ano/turma. 

As adaptações de atividades propostas:
A professora trabalhou em sala de aula a música abaixo:
CABEÇA, OMBRO, JOELHO E PÉ
CABEÇA, OMBRO, JOELHO E PÉ
OLHOS, ORELHA, BOCA E NARIZ
Utilizando o software Boardmaker, foi a adaptada a música para o aluno:
Figura 1: Música adaptada utilizando o software Boardmaker








REFERÊNCIAS

AMERICAN SPEECH-LANGUAGE- HEARING ASSOCIATION (ASHA). Competencies for speech-language pathologists providing services in augmentative communication. ASHA, v.31, p. 07-10, 1989.
BRASIL. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Comitê de Ajudas Técnicas. Tecnologia Assistiva. Brasília : CORDE, 2009.
138 p.
BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos (2007). Coordenadoria Nacional para integração da Pessoa com deficiência. Disponível em: www.portal.mj.gov.br/corde. Acesso em:
DELIBERATO, D. Seleção, adequação e implementação de recursos alternativos e/ou suplementares de comunicação. In: PINHO, S. Z.; SAGLIETTI, J. R. C. (Org.). Núcleo de ensino, São Paulo: EDITORA UNESP, 2005, p. 505-519, 2005.
DELIBERATO, D.; MANZINI, E. J.; GUARDA, N. S. A implementação de recursos suplementares de comunicação: participação da família na descrição de comportamentos comunicativos dos filhos. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v.10, n.2, p.199- 220, 2004.
DELAGRACIA, J. D. Desenvolvimento de um protocolo para avaliação de habilidades comunicativas para alunos não-falantes em situação familiar. 2007. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2007.
DELIBERATO, D.; MANZINI. E. J. Comunicação Alternativa: delineamento inicial para implementação do Picture Communication System (P.C.S.). Boletim do C.O.E.. Marília, nº 2, p. 29-39, 1997.




sábado, 6 de junho de 2015

Projeto LIBRAS

CEMAEE em parceria com a UNESP: Professora Dr. Eliane Delgado e equipe de fonoaudiólogas da Educação  implementam  o ensino de LIBRAS na Rede Municipal de Ensino.

Verificando as dificuldades encontradas pelos educadores para trabalhar com alunos com deficiência auditiva  os profissionais do Centro Escola em parceria com a professora Dr. Eliane Delgado desenvolveram um projeto que visa promover a acessibilidade e o aprendizado dos alunos com D.A. O projeto visa a capacitação  de professores, por meio de encontros mensais na Secretaria Municipal de Educação, para discussão de casos e estudos teóricos contribuindo para a qualificação do corpo docente. Outro aspecto importante é o acompanhamento e atendimento fonoaudiológico  especializado e individualizado oferecido aos alunos público lavo do projeto, tanto no CEMAEE quanto no CEES ( Centro de Estudo da Educação e da Saúde). Os alunos surdos contam , também, com intérpretes nas salas de aula regulares  auxiliando-os no processo de comunicação com as pessoas ouvintes.O Decreto Federal n. 5626, de 22 de dezembro de 2005, estabelece que alunos com deficiência auditiva tenham o direito a uma educação bilíngue nas salas regulares. Isso significa que eles precisam aprender a Língua Brasileira de Sinais, daí  a relevância do projeto frente às novas propostas de Educação Inclusiva.